quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Redundância

Se sou redundante?
Sou, sim Senhor!

Redundante no Amor,
No desejo, na queda, na dor,
Na esperança, no dissabor
De cada dia sem cor,
Redundante neste meu pudor
De quem vive errante por
Só conhecer da vida o ardor.
Não tenho troféus para pôr
No armário para poder expôr
Quaisquer vitórias. Não há esplendor
Nesta vida de puro temor
Abalada pelo violento tremor
Da derrota. Ah! Pudera eu ser um açor,
Voar alto, atravessar o fedor
Da liberdade conspirada no rumor
De quem Ama seja lá o que for.
Sou, da minha errância, o conspirador.
Mas desejo achar algo consolador,
Agradável, amável, inspirador,
Sugar os males da vida com o aspirador
Da felicidade. Pôr um fim no meu terror…

Se sou redundante?
Sou, sim Senhor!

06/01/2011 Ricardo Alves


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