domingo, 22 de janeiro de 2012

Indesejada

Olho os teus olhos
E vejo incerteza,
Amor esbanjado
E tanta tristeza.
Vejo o Rossio todo encharcado
Das águas do teu amor mal amado.

Leio teus lábios
E vejo o amor
Que ele não quer
E te trará a dor;
Vejo a Alameda toda incerta
Com os pedaços da tua alma descoberta.

Sinto teus cabelos
Todos marcados
De todo o mal
E de todos os estragos;
Vejo na alma tudo menos paz
Cheia de mágoa sempre voraz.

Veja tua fortuna
Tão má agora.
Talvez seja tarde,
Talvez seja a hora!
De o deixares antes que fiques
Cheia de prantes, cheia de picos.


12/11/09 Ricardo Alves



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