Por eles morremos,
Por eles matamos,
Em sua ausência empobrecemos,
E em sua presença engordamos
[as nossas fantasias]
Com eles vivemos os melhores momentos,
Esses em que reina o reino dos pensamentos,
Dos disparates e parvoíces, bacoradas e trafulhices,
Alegrias e tristezas, combinações e surpresas,
Conspirações e revoltas, piadas, palavras soltas,
Pequenos passeios e largas caminhadas, choros e gargalhadas;
Indispensáveis como ninguém,
São o melhor que o mundo tem!
Não há quem os substitua!
Os verdadeiros amigos, os Amigos,
Quando estamos em baixo tiram-nos da Rua
Das Amarguras, abanando-nos com a força que é sua,
Enfrentando por nós todos os perigos,
Tal como faríamos com eles.
Não há chuva nem vento,
Tempestade, desalento,
Nem nada que nos pare, “Mes Amis”;
Atrás de nós fica o rasto de obstáculos,
Monstros, monstrengos, anacondas, Adamastores,
Moinhos, peripécias, horrores e tentáculos que ultrapassámos juntos;
A meu lado, vocês, pessoas magníficas,
As razões vivas de tudo de bom que eu vivi.
20-12-2010 Ricardo Alves