quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quando me faltas eu morro!

Rasgo os passos de dor
Numa turbulência de cor.
Vejo uma imensidão de borboletas,
Sobre uma flor, com asas violetas,
Esvoaçando desajeitadamente
Por entre a nuvem de gente
Que se forma nos campos.
Foram tantos, amor, foram tantos
Os dias em que por ti esperei
Sem saber que esperava. Agora que te achei,
Já nem eu próprio sei
O que é de Amor, o que é de Lei.
Os passos que dei, os trambolhões que sei
Amarguraram um pobre coração pobre
Que jaz a cada dia sobre
O Amor que em ti encontrei;
E sem que ninguém me conheça
Sou um mendigo da tua existência;
Não, meu amor, não é demência:
Contigo, não há nada que me entristeça.
E quando me faltas, socorro!
Acudam-me os deuses fiéis
Pois não há nada que prove, nem infindáveis anéis,
Que quando me faltas eu morro!



00:45 de 27/11/2010 Ricardo Alves

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