quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quanto mais te esqueço

Quanto mais te esqueço,

Mais de ti me lembro

E lembrando-te, menos me pertenço,

Tornando-me inevitavelmente um membro


Da seita da minha solidão

Recheada de pedaços de memórias.

Memórias de ti, de nós uma imaginação,

Uma vida de beijos entre nós, histórias


Que não vingam por ironia do destino,

Sabe deus qual a razão.

Mas desejo-te desde pequenino,

Pois só contigo cresceu meu coração.


Sou de ti um selvagem peregrino

Com boas intenções para o futuro.

Deixa-me colorir o nosso Amor albino,

Deixa-me quebrar o muro


Que teimas em levantar.

Soubesses tu o que vai em mim,

As vontades que tenho de desmoronar

Esse teu muro de Berlim.


Quanto mais te esqueço, Amor,

Mais ardentemente te quero!

Quero sentir o doce sabor

Do lábio que mostras fero!

09/01/2011 Ricardo Alves



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