Quanto mais te esqueço,
Mais de ti me lembro
E lembrando-te, menos me pertenço,
Tornando-me inevitavelmente um membro
Da seita da minha solidão
Recheada de pedaços de memórias.
Memórias de ti, de nós uma imaginação,
Uma vida de beijos entre nós, histórias
Que não vingam por ironia do destino,
Sabe deus qual a razão.
Mas desejo-te desde pequenino,
Pois só contigo cresceu meu coração.
Sou de ti um selvagem peregrino
Com boas intenções para o futuro.
Deixa-me colorir o nosso Amor albino,
Deixa-me quebrar o muro
Que teimas em levantar.
Soubesses tu o que vai em mim,
As vontades que tenho de desmoronar
Esse teu muro de Berlim.
Quanto mais te esqueço, Amor,
Mais ardentemente te quero!
Quero sentir o doce sabor
Do lábio que mostras fero!
09/01/2011 Ricardo Alves
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