Rio de prata, solitário,
Que em verdes movimentos
Te agitas sem horário
Alheio aos pensamentos
Do relógio. Chora um azul vivo;
Lágrimas de água correm sem destino.
O choro dos teus olhos é tão apelativo…
Dá de beber à dor de um menino
Que te olha, a metros de altura.
Ele vê-te de um longe perto
Com dois olhos que te querem ternura
E se perdem no teu deserto
De água e peixes, de maresia.
Dá-me o teu azul, meu Rio, meu.
Deixa-me ser parte da tua filosofia;
Dá-me o teu limite, o céu!
Leva o meu sofrimento que sobeja
De cada vez que te vejo
E queira deus que eu seja
Um teu menino, meu doce Rio Tejo!
08/01/2011 Ricardo Alves
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