quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Rio Tejo

Rio de prata, solitário,

Que em verdes movimentos

Te agitas sem horário

Alheio aos pensamentos


Do relógio. Chora um azul vivo;

Lágrimas de água correm sem destino.

O choro dos teus olhos é tão apelativo…

Dá de beber à dor de um menino


Que te olha, a metros de altura.

Ele vê-te de um longe perto

Com dois olhos que te querem ternura

E se perdem no teu deserto


De água e peixes, de maresia.

Dá-me o teu azul, meu Rio, meu.

Deixa-me ser parte da tua filosofia;
Dá-me o teu limite, o céu!


Leva o meu sofrimento que sobeja

De cada vez que te vejo

E queira deus que eu seja

Um teu menino, meu doce Rio Tejo!

08/01/2011 Ricardo Alves



Sem comentários: